BC analisa regras para criptoativos, com foco em estabilidade e proteção a investidores. Saiba os próximos passos e implicações legais.
Advogado esclarece quais as etapas e objetivos da consulta pública lançada pelo Banco Central sobre regulação de criptoativos.
O Banco Central (BC) analisa a regulamentação do mercado de serviços de ativos virtuais em fases, sendo que a primeira fase já está em andamento. A primeira consulta pública ocorreu em dezembro de 2023, que buscou coletar os mais diversos aspectos sobre governança, por exemplo, sobre prevenção à lavagem de dinheiro, gestão de risco e a melhor forma de monitorar a custódia no blockchain.
Esta coleta de opiniões tinha como objetivo criar uma base sólida para o desenvolvimento das normas finais, envolvendo a participação ativa da sociedade e do mercado.
Já a segunda consulta pública está prevista para o próximo semestre e deverá abordar temas relacionados às normas de atuação e processos de autorização para prestadores de serviços de ativos virtuais que atuarem no Brasil.
O advogado criminalista Armando S. Mesquita Neto, sócio do escritório A. Mesquita Advogados, esclarece que a competência para regular criptoativos foi atribuída ao BC pelo Decreto 11.563 de 2023, preservando atribuições de outros órgãos, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a Receita Federal (RFB), todos com a mesma finalidade de proteger os investidores, exigindo transparência nos benefícios e riscos associados aos criptoativos.
Mesquita explica ainda que a segunda consulta pública – – de acordo com a Lei 14.478/2022 – -, deverá enfrentar a questão dos prestadores de serviços de ativos virtuais Virtual Asset Service Providers (VASPs), que atuam nas atividades de oferta, intermediação e custódia de criptoativos só poderão operar no Brasil com autorização do BC. E, que para ano de 2024, o BC priorizou:
· Desenvolvimento de uma segunda consulta pública no segundo semestre.
· Planejamento interno para regulamentação de stablecoins.
· Aperfeiçoamento do arcabouço regulatório para VASPs, incluindo mercado de câmbio e requisitos prudenciais.
“A regulamentação busca preservar a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional, com foco na prevenção à lavagem de dinheiro, combate ao financiamento do terrorismo e monitoramento de atividades suspeitas.”, afirma o especialista.
O advogado conclui que o BC, com o apoio de órgãos reguladores, está comprometido em criar uma regulamentação eficaz e transparente para os criptoativos, protegendo investidores e fortalecendo o sistema financeiro brasileiro.