Crimes virtuais abrem novo front na área do penal econômico

Publicado em: 19 de novembro de 2024

Entenda como crimes virtuais afetam empresas e por que compliance e cibersegurança são essenciais na era digital.

Com o avanço da tecnologia, crimes cibernéticos tornam-se uma ameaça crescente para as empresas. Hackers buscam desde dados confidenciais até acesso a contas bancárias. No Brasil, as autoridades intensificam ações, criando leis específicas e delegacias especializadas. O Dr. Armando Mesquita Neto ressalta a importância do compliance penal e da segurança digital. A colaboração entre empresas, governo e autoridades é essencial para esse combate

Com o avanço da tecnologia e a digitalização crescente das atividades empresariais, os crimes cibernéticos emergem como uma ameaça cada vez mais relevante para o mundo dos negócios. Empresas de todos os tamanhos e setores são alvos potenciais para hackers e criminosos virtuais, que buscam desde informações confidenciais até acesso a contas bancárias e dados pessoais de clientes.

De acordo com dados recentes, o número de ataques cibernéticos contra empresas aumentou significativamente nos últimos anos. No Brasil, o perigo não é diferente, e as autoridades têm intensificado seus esforços para combater essa crescente ameaça, por meio da criação de leis específicas para os crimes cibernéticos e abertura de delegacias especializadas no mundo virtual.

Para o advogado Armando Mesquita, mestre em Direito Penal e sócio do A. Mesquita Advogados, “os crimes cibernéticos representam um desafio único para o sistema jurídico, exigindo respostas rápidas e eficazes para proteger as empresas e os consumidores” e destacou, ainda, a importância da segurança digital e do compliance penal dentro das empresas, como medidas essenciais para prevenir esses tipos de crimes.

Armando destacou a importância crucial de as empresas adotarem medidas rigorosas de segurança cibernética e implementarem programas de compliance digital eficazes, como uma estratégia central para reduzir significativamente os riscos de ataques cibernéticos. Segundo o especialista, tais medidas não apenas protegem as organizações contra invasões e violações de dados, mas também as resguardam de possíveis penalizações legais que podem decorrer da falta de preparo e prevenção.
Ele ressaltou que a segurança digital não pode ser vista apenas como uma responsabilidade interna das empresas, mas sim como uma questão de interesse público. Nesse sentido, Dr. Armando enfatizou a necessidade de uma ampla disseminação de conhecimento sobre cibersegurança entre a população em geral. “Somente com uma população mais informada e consciente dos riscos e das práticas de segurança é que poderemos enfrentar efetivamente essa ameaça crescente”, afirmou. Para ele, a educação digital e a conscientização coletiva são elementos-chave na construção de uma cultura de segurança que abranja não só o ambiente corporativo, mas também a sociedade como um todo.

Além disso, o advogado alertou que o cenário regulatório está em constante evolução, e as empresas que negligenciam essas medidas correm o risco de enfrentar não apenas prejuízos financeiros e reputacionais, mas também sanções legais severas. Ele defende que o investimento em cibersegurança e compliance deve ser visto como uma prioridade estratégica, essencial para a sustentabilidade e a credibilidade das organizações em um mundo cada vez mais digital e interconectado.

Em suma, os crimes cibernéticos representam um dos principais desafios do século XXI para o direito penal econômico e para sociedade como um todo, exigindo uma resposta coordenada e eficaz de todos os envolvidos. Com a adoção de medidas preventivas e uma legislação atualizada, é possível combater essa ameaça e garantir um ambiente seguro e confiável para grandes-pequenas empresas e negócios digitais.

Sobre Armando S. Mesquita Neto

É advogado Mestre em Direito Penal, Direitos Humanos e Segurança Pública pela Universidade de Salamanca-Espanha, Especialista em Direito Penal, Economia e Compliance pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra-Portugal e Pós-graduado em Direito Penal Econômico pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) e Instituto de Direito Penal Econômico Europeu (IDPEE).

Para saber mais, basta acessar:

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Originalmente publicado em:

O Globo (oglobo.globo.com) por Armando S. Mesquita Neto.

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